O Ministério da Saúde alocou R$ 150 milhões para estados e municípios como um incentivo financeiro temporário e excepcional para apoiar iniciativas de vacinação, incluindo mobilização nas escolas. No Pará, serão destinados R$ 1,1 milhão para desenvolvimento de estratégias, além de R$ 8,8 milhões distribuídos entre 144 municípios do estado. O cronograma de vacinação nas escolas, acordado durante reunião da Comissão Intergestores Tripartite (CIT), está planejado até 19 de abril, permitindo que os entes federativos escolham datas que considerem mais apropriadas para iniciar a mobilização.
Esta iniciativa, realizada em colaboração entre os ministérios da Saúde e da Educação, é parte do Programa Saúde na Escola (PSE), visando a atualização da caderneta de vacinação de crianças e adolescentes menores de 15 anos. Vacinas como poliomielite, febre amarela, meningite ACWY e tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) são algumas das destacadas para essa faixa etária.
Baseado nos resultados de 2023, a administração de doses nas escolas se revelou uma estratégia crucial para elevar as coberturas vacinais. No ano passado, quase 4 mil cidades brasileiras implementaram essa estratégia e observaram resultados positivos, especialmente na vacinação contra o HPV, que registrou um aumento de 30% na cobertura em comparação com 2022.
Quase 100% dos municípios brasileiros demonstraram interesse em participar do PSE este ano, totalizando 5.506 adesões municipais. Isso significa que as ações alcançarão mais de 25 milhões de estudantes em cerca de 100 mil escolas de todas as regiões do país, incluindo 5.687 escolas no Pará. Essas instituições receberão recursos do ciclo 2023/2024 do programa, que ultrapassam os R$ 90 milhões.
Além da atualização da caderneta de vacinação, a estratégia promove outras ações de saúde e educação integral, visando aprimorar a saúde dos alunos, reduzir a evasão escolar e as faltas intermitentes devido a problemas de saúde, além de reforçar os compromissos e pactos estabelecidos por ambos os setores.
Em 2023, o governo federal ampliou políticas que não haviam sido priorizadas pela gestão anterior, reintroduzindo temas como prevenção de violências e acidentes, promoção da cultura de paz e direitos humanos, saúde sexual e reprodutiva, além de prevenção de HIV/IST nas escolas.
