Novo auxílio não é suficiente para cobrir linha de pobreza em nenhum Estado do país

Três meses após o pagamento da última parcela do auxílio, o governo anunciou, em 18 de março, os valores da prorrogação do benefício nos próximos quatro meses. Serão de R$ 250 para as famílias com mais de uma pessoa ou R$ 375 para aquelas em que só as mulheres são as provedoras. Apenas um benefício será pago por família e, no caso das que contam com uma pessoa, o valor cai para R$ 150.

Os R$ 250 que serão pagos a partir de abril pelo novo auxílio emergencial não são suficientes para cobrir as necessidades básicas dos beneficiários em nenhuma das 27 unidades da federação, seja na zona rural ou nas cidades.

É o que aponta estudo feito pelos pesquisadores do Insper Naercio Menezes Filho e Bruno Komatsu, que simulou o comportamento dos dados de pobreza e desigualdade com o novo auxílio emergencial.

O programa do auxílio emergencial vai pagar menos e a um volume menor de brasileiros. Em 2020, ele custou R$ 290,9 bilhões, montante reduzido para R$ 44 bilhões em 2021, conforme o Projeto de Emenda Constitucional (PEC) aprovado pelo Congresso em 15 de março.

A justificativa para redução do escopo é a restrição de gasto do setor público, que viu as despesas crescerem no ano passado com as ações para tentar amortecer o impacto da pandemia.

Na maior parte dos casos, contudo, o recurso não é suficiente nem para garantir que a família viverá acima da linha de pobreza extrema.

Foto: Reprodução
Informações: BBC NEWS

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