A leptospirose é uma doença infecciosa causada pelo contato direto ou indireto de urina de animais infectados pela bactéria, como ratos e principalmente, cães e gatos. Essa doença acontece mais frequentemente em épocas de muita chuva, pois devido às enchentes, poças e solos úmidos, a urina dos animais infectados podem facilmente ser espalhadas e a bactéria infectar a pessoa por meio das mucosas ou feridas na pele, provocando sintomas como febre, calafrios, olhos avermelhados, dor de cabeça e náuseas.
Em 2022, no Brasil, 3.084 casos foram notificados, sendo 310 óbitos. Na Região Norte, foram 304 casos suspeitos, dentre os quais 25 foram óbitos e 14 deles ocorridos no estado do Pará. Em Santarém, no ano de 2022, foram registrados no SINAN o total de 109 casos suspeitos sendo 94 deles residentes do referido município e, atualmente, até 31 de março de 2023 têm-se 9 casos notificados.
A Secretaria de Estado de Saúde Pública (SESPA) recomenda à população não nadar, tomar banho, ou beber água doce de fonte que possa estar contaminada pela água da inundação ou urina de animais; cobrir cortes ou arranhões com bandagens a prova d’água se possível; se precisar ficar na água, utilize botas e luvas para reduzir o contato com a água contaminada; tratar a água antes do consumo, fervendo ou utilizando hipoclorito de sódio; e prevenir infestação de roedores, realizando acondicionamento adequado do lixo e evitando acúmulo de entulhos.
De acordo com nota técnica da SESPA, regional de Santarém, o Ministério da Saúde afirma que não há necessidade de confirmação laboratorial para o início da antibioticoterapia. Os casos leves seguem em tratamento ambulatorial, porém casos graves, em geral, requerem hospitalização imediata. Indica-se procurar os serviços de saúde ao se suspeitar da doença após a exposição ao risco. Profissionais da saúde devem manter-se alertas quanto a da inicial dos sintomas e a coleta de amostras em tempo oportuno para a realização de sorologia, observando-se que a produção de anticorpos pode se iniciar a partir do 7º dia de sintomas e que se a amostra tiver sido coletada em tempo anterior, dependendo do caso poderá ser necessário outra amostra para confirmação do caso.
Com informações: SESPA
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