Terminal Hidroviário Turístico será construído em Icoaraci

Um passo estratégico foi dado para a implantação do Terminal Hidroviário no Distrito de Icoaraci em Belém, com a visita técnica de dirigentes da Prefeitura Municipal e do Governo do Estado até a área do empreendimento. A reunião no local serviu para serem definidos os termos da elaboração do projeto. A previsão é de que o terminal fique pronto em 2022.

A visita técnica reuniu o secretário de Urbanismo de Belém, Deivison Alves, e equipe técnica; presidente da Companhia de Portos e Hidrovias do Pará (CPH), Abraão Benassuly, e equipe técnica, além do coordenador Municipal de Turismo de Belém, André Cunha, e o secretário estadual de Turismo, André Dias. Foi, então, criado um grupo de trabalho para elaboração de um termo de cooperação técnica a ser assinado entre a Prefeitura de Belém e o Governo do Estado do Pará.

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A Prefeitura de Belém vai ceder o terreno de seis mil metros quadrados para a construção do terminal, que será projetado pelos órgãos parceiros, construído pelo Estado e devolvido para que a Prefeitura de Belém administre.

“Vamos disponibilizar a experiência técnica e criativa dos engenheiros e arquitetos da Seurb para a formatação de um projeto de Terminal Hidroviário que, junto com outros equipamentos públicos da orla, como praças e quadras, componham o complexo turístico que Icoaraci e sua gente precisam e merecem. Porque a vocação turística da Vila Sorriso pode gerar muitos empregos e renda, mas pra isso precisa de infraestrutura”, informa o secretário de Urbanismo de Belém, Deivison Alves.

O Distrito de Icoaraci traz na origem do próprio nome, todo o seu potencial turístico. Palavra da língua Tupi, Icoaraci significa “sol do rio”. Porque, ao longo da orla do distrito, na rua Siqueira Mendes, no bairro do Cruzeiro, é possível se assistir a um belo pôr do sol da região.

Governo

Como repassa o Governo do Estado, o projeto está previsto para começar até o final do ano e tem tem recursos garantidos estimados em R$ 8 milhões, dos quais metade serão aporte do tesouro estadual e o restante oriundo de emenda parlamentar do deputado federal, José Priante (MDB).

O equipamento dará mais condições para o receptivo de cruzeiros nacionais e internacionais que chegam a Icoaraci. “Esses transatlânticos ficam fundeados fora, não podem vir para a orla devido o canal de navegação e o assoreamento do rio. Mas as pessoas precisam de um espaço digno para embarque e desembarque. Estamos projetando a obra civil e a naval. Tecnicamente essas embarcações possuem um calado muito grande e ficariam encalhadas se ficassem na orla”, explica

Abraão Benassuly, presidente da CPH diz que o terminal contará com cadeiras confortáveis, banheiros, guichês para vendas de passagens, lanchonete, salas para órgãos do governo, guarda-volumes, TV e bebedouro. Já a obra naval contemplará a instalação de rampa metálica biarticulada coberta e flutuante coberto, para embarque e desembarque de passageiros.

Rota dos Cruzeiros – Na temporada 2019/2020, 16 embarcações de diversas partes do mundo atracaram no Distrito de Icoaraci, em média, com 1.000 turistas cada. Eles foram levados em botes até a rampa que dá acesso aos ônibus de passeio, em programações promovidas pela Setur.“

Nós organizamos essa recepção, contando com uma grande parceria com os demais órgãos de segurança, trânsito e cultura. Trouxemos o Arraial do Pavulagem, montamos uma feira de artesanato, uma equipe de recepcionistas bilíngues. O maior complicador é a falta de estrutura em Icoaraci, pois que no mesmo trapiche ocorre o desembarque de mercadorias e dos barcos que vão para Cotijuba”, destaca o secretário de estadual de Turismo, André Dias.“

Belém precisa ter uma nota alta de avaliação de desembarques para que seja mantida nos itinerários. Temos que trabalhar isso para não perder esse fluxo importante. Cada cruzeirista injeta em média US$ 150, por desembarque, o que representa mais de R$ 10 milhões. Estamos trabalhando com a CPH para criar essa estrutura e melhorar esse desembarque, para manter e angariar mais cruzeiros nas próximas temporadas”, pontuou o secretário André Dias.

Revitalização
“Estamos com 16 projetos de revitalização dos terminais do Marajó, assim como a construção de outros 7 no Baixo Amazonas. Já entregamos o Terminal Hidroviário de Faro, Terra Santa, Curuá, Prainha e agora vamos entregar Almeirim, Santana do Tapará e em junho está prevista a de Santarém, que está sendo considerada pelas autoridades portuárias como o maior terminal do Brasil”, acrescenta o presidente da CPH, Abraão Benassuly.

Foto: Reprodução
Informações: O Liberal

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