O delegado federal Everaldo Eguchi (Patriota), que foi candidato à Prefeitura de Belém apoiado por Jair Bolsonaro (sem partido) em 2020, foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal na manhã desta quarta (14). Em um dos endereços visitados pelos agentes federais foi encontrada uma bolsa com notas de R$ 100 e R$ 50, além de outros valores. Os crimes investigados são de violação de sigilo funcional, corrupção passiva, corrupção ativa e associação criminosa, com penas previstas superiores a 20 anos de reclusão.
O ex-candidato foi alvo da PF por suspeita de vazar informações de uma investigação, em 2018, que mirava uma organização criminosa envolvida na exploração ilegal de minério de manganês. A ação tem por objetivo dar cumprimento a oito mandados de busca e apreensão expedidos pela 2ª Vara Federal da Subseção Judiciária de Marabá. Houve ainda decretação do afastamento das funções de Eguchi, com manifestação favorável do MinistérioPúblico Federal (MPF).
Na manifestação, o MPF considera graves os fatos relatados pela PF, que “indicam que o investigado tem se valido de sua função na Polícia Federal para alcançar fins ilícitos e ilegítimos, havendo ele se apropriado, de maneira pouco republicana, do aparelho estatal para privilegiar interesses próprios”. Para o MPF, o afastamento do delegado era necessário até para evitar que ele tente interferir nas investigações.
A Operação Mapinguari visa aprofundar investigação sobre vazamento de informações de operação da Polícia Federal cometido, em tese, por Eguchi, servidor público da própria instituição. De acordo com a Polícia Federal, trata especificamente da violação de sigilo funcional ocorrida durante o desencadeamento da nominada Operação Migrador, trabalho investigativo conduzido à época pela Delegacia de Polícia Federal de Marabá, que objetivava apurar atuação de organização criminosa dedicada à exploração ilegal de minério de manganês.
A Operação Mapinguari visa aprofundar investigação sobre vazamento de informações de operação da Polícia Federal cometido, em tese, por Eguchi, servidor público da própria instituição. De acordo com a Polícia Federal, trata especificamente da violação de sigilo funcional ocorrida durante o desencadeamento da nominada Operação Migrador, trabalho investigativo conduzido à época pela Delegacia de Polícia Federal de Marabá, que objetivava apurar atuação de organização criminosa dedicada à exploração ilegal de minério de manganês.
A operação alcança, além de Eguchi, outros seis empresários ligados à exploração ilegal de manganês do sudeste do Pará, os quais tiveram acesso indevido às informações da Operação Migrador. A operação contou com a participação de 35 policiais federais. Os mandados foram cumpridos em Belém, onde mora o delegado, Marabá, Parauapebas e Goianésia (GO). O nome da operação faz alusão à figura lendária protetora da floresta amazônica.
Foto: Divulgação
Informações: Diário Online