A Secretaria Municipal de Segurança, Ordem Pública e Mobilidade de Belém (Segbel), antiga Superintendência Executiva de Mobilidade Urbana de Belém (Semob), convocou as 18 entidades do Conselho Municipal de Transporte de Belém para uma reunião extraordinária na sexta-feira (28/02), às 9h30, no Plenário da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (Segup). O encontro discutirá o reajuste da tarifa de ônibus na capital, com a apreciação e votação das planilhas apresentadas pelo Setransbel (sindicato das empresas de transporte urbano) e pela própria Segbel.
O Setransbel propõe um aumento de 46,25%, elevando a tarifa para R$ 5,85. Já a Prefeitura de Belém, por meio da Segbel, sugere uma tarifa de R$ 5,54, um reajuste de 38,50%.
De acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), integrante do Conselho Municipal de Transporte, as propostas levam em conta o equilíbrio financeiro das empresas e a recomposição dos custos, mas não consideram o poder aquisitivo da população. O órgão destaca que a inflação acumulada desde o último reajuste, em março de 2022, está estimada em cerca de 12% (INPC/IBGE), percentual bem inferior ao proposto para a nova tarifa.
Caso seja aprovada a proposta da Segbel (R$ 5,54), um usuário que utiliza duas conduções diárias sem vale-transporte passaria de um gasto mensal de R$ 192 para R$ 265,92, impactando cerca de 17,52% do salário mínimo. Já com a tarifa sugerida pelo Setransbel (R$ 5,85), esse custo subiria para R$ 280,80, representando 18,50% do salário mínimo.
Mesmo após a análise do Conselho Municipal de Transporte, a decisão final será do prefeito de Belém, Igor Normando.