Um levantamento realizado pela Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) identificou que as medidas preventivas contra a Covid-19 tomadas pelo Governo do Pará interferiram diretamente para que o Estado atravessasse o período da segunda onda do vírus de uma forma menos letal, auxiliando na preservação de vidas dos paraenses.
Os dados mostram ainda que, na maioria dos estados do Brasil, mesmo a doença já sendo conhecida pela população, a segunda onda da Covid foi mais letal e também ampliou o número de contaminações. O Pará foi exceção.
De acordo com o levantamento, o índice de infecção da Covid-19 que considera projeção por 100 mil habitantes, em um comparativo da primeira para a segunda onda, o Pará teve desempenho de queda, indo de 57,85 para 30,27 novos casos dia, enquanto o desempenho do país foi de aumento indo de 32,62 para 44,07 casos.
Quando comparado o índice de letalidade, o Pará também apresentou dissonância do cenário nacional e queda. Na primeira onda, o Estado atingiu o patamar de 1,51 óbitos por dia enquanto na segunda foi para 0,87. Neste indicador, o país mais que dobrou, saindo de 0,75 para 2,01 óbitos. As projeções também são feitas considerando projeção por 100 mil habitantes.
Ainda de acordo com a UFRA, com a padronização identificada entre os Estados, o desempenho menos letal no Pará está diretamente relacionado as ações desenvolvidas pelas autoridades públicas locais. O levantamento leva em consideração o número de casos e de óbitos desde o início da pandemia em 2020.
“O Estado do Pará é uma exceção devido ao atendimento médico imediato sem o colapso do sistema de saúde graças ao trabalho de previsão feito por nossa equipe que possibilitou a destinação correta desses recursos em cada região de saúde”, avalia o Reitor da Ufra, Marcel do Nascimento Botelho.
No Pará, a Ufra faz parte do Comitê Técnico e Científico criado pelo Governo do Estado e liderado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) para avaliar as ações realizadas para enfrentamento da Covid-19. Dentre elas estão a abertura de leitos, manutenção e abertura de Hospitais de Campanha, além de decisões sobre os bandeiramento das regiões de saúde que regulam o funcionamento das atividades econômicas.
Foto: Alex Ribeiro
Informações: Agência Pará