Moradores das localidades Pau de Rosa e Anuerá, situadas nos quilômetros 40 e 27 da BR-422, bloquearam duas pontes nesta segunda-feira (11) em protesto contra as condições precárias da estrada que liga os municípios de Cametá e Tucuruí, no sudeste do estado do Pará. O movimento foi impulsionado pela necessidade urgente de melhorias no asfaltamento da via, que se encontra em péssimo estado, com grande quantidade de buracos e poeira excessiva, prejudicando a mobilidade e a qualidade de vida de quem reside ao longo da rodovia.
A principal reivindicação dos manifestantes é a realização de obras de infraestrutura para resolver os problemas de tráfego e garantir melhores condições de acesso à saúde, educação e outros serviços essenciais. Segundo os moradores, as condições da estrada têm se agravado ao longo dos últimos meses, sem que houvesse respostas satisfatórias das autoridades responsáveis.
Protesto e clamor por socorro
O protesto gerou um bloqueio total nas pontes de Pau de Rosa (KM 35) e Anuerá (KM 27), com os moradores utilizando troncos de árvores, faixas e barricadas improvisadas para impedir a passagem de veículos. Em entrevista, os manifestantes destacaram que a medida foi uma forma de chamar a atenção das autoridades para a urgência do problema.
“Já não aguentamos mais. A estrada está cada vez pior. Estamos sofrendo com poeira, buracos, e a cada dia é mais difícil transitar. Além disso, os danos nos veículos estão se acumulando. Precisamos de uma solução imediata”, disse Manoel Alves Lopes, morador da localidade de Pau de Rosa. Segundo ele, a situação se tornou insustentável, afetando tanto a qualidade de vida quanto a segurança dos moradores da região.
Dificuldades diárias
Os moradores afirmam que a situação tem se tornado cada vez mais difícil. Além do desconforto diário causado pela poeira, que invade as casas e agrava problemas respiratórios, os danos à estrada geram grandes dificuldades de locomoção. Muitos veículos atolam ou têm a suspensão danificada, dificultando ainda mais o acesso da população a serviços essenciais.
“Não temos como levar nossos filhos para a escola ou ir ao médico com essa estrada do jeito que está. Os ônibus e carros quebram o tempo todo, e os comerciantes também sofrem, porque o transporte de mercadorias fica comprometido”, relatou Luciano Sousa Teles, morador de Anuerá, que destaca os impactos negativos no comércio local e nos serviços públicos.
A situação é ainda mais grave para aqueles que dependem da rodovia para acessar serviços de saúde e educação. Com a estrada deteriorada, o transporte de pacientes e estudantes tem se tornado uma verdadeira missão, e os moradores temem que o problema piore ainda mais com o tempo.
Ação comunitária
A interdição das pontes foi organizada pelas comunidades locais como um apelo às autoridades responsáveis pela manutenção da rodovia. Luzeli Nunes Albuquerque, moradora de Anuerá, afirmou que a população se uniu em um esforço coletivo para chamar a atenção para o abandono da infraestrutura.
“Nós estamos fazendo isso porque já não sabemos mais a quem recorrer. As promessas de melhoria da estrada nunca saem do papel. A nossa única opção é fazer barulho, chamar a atenção das autoridades. Não podemos esperar mais”, disse Luzeli, visivelmente emocionada com a situação de sua comunidade.
A espera por soluções
As interdições causaram transtornos no tráfego, mas os moradores afirmam que o bloqueio é uma medida necessária diante da inércia das autoridades. Eles cobram uma resposta rápida e eficaz, que garanta a recuperação e manutenção das estradas da região. Enquanto isso, seguem aguardando uma solução que possa pôr fim ao caos causado pela BR-422 em suas vidas.