Os dados coletados durante a pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua – PNAD, mostram a crescente desigualdade social no Pará. Apontando, que os 10% de paraenses com os maiores rendimentos receberam 48 vezes mais que os 10% com os menores rendimentos em 2018.
Ou seja, os mais pobres tinham um rendimento de apenas R$148 mensais, enquanto os mais ricos, garantiam uma renda mensal de R$7.145.
Mas se compararmos a renda mensal domiciliar per capita, a população do Pará registrou uma média de R$800 em 2018, crescendo 16,2% em relação a 2017, onde a mesma renda estava na casa dos R$700.
De acordo com os dados, o Pará foi o responsável pelo sexto menor resultado do país.
A pesquisa também mostrou que em 2018, o Estado teve o terceiro maior percentual de recebimento do bolsa família no país, com 30,3% dos domicílios paraenses beneficiados, o que gerava uma renda média de R$346 por mês para essas famílias.
Outro auxílio verificado pela pesquisa foi o recebimento do Benefício de Prestação Continuada (BPC) que esteve presente em 6,4% dos domicílios do estado, gerando um rendimento de em média R$604 mensais, para idosos de mais de 65 e pessoas com deficiência que atendam os critérios do governo federal.
“A gente, que é pobre, vive com o pouco que consegue. Não vou negar que receber esse dinheirinho ajuda, mas na hora que ele chega a gente deixa tudo na farmácia e no médico particular. Bom mesmo seria, se a gente tivesse médico e remédio de graça, sem ter que esperar dois meses na fila.” Disse, o aposentado Benedito Costa, ao ser indagado sobre o benefício de prestação continuada.
(Com informações do IBGE/PA)
Foto:Agência Bélem