No Dia dos Povos Indígenas, 19 de Abril, o governo do Estado, assinou convênio com a Prefeitura de Cumaru do Norte, que garante a construção da nova Casa do Guerreiro da aldeia Gorotire, a cerca de 60 quilômetros da sede do município. O ato ocorreu na própria comunidade, enquanto o chefe do Executivo Estadual participava do encerramento das festividades culturais e esportivas alusivas à data, dentro da maior aldeia Kayapó da região.
A obra representa um investimento de cerca de R$ 712 mil, a maior parte oriunda do Tesouro Estadual, e será executada pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Obras Públicas (Sedop). A Casa do Guerreiro é de grande importância para a comunidade indígena, pois é um espaço para tomada de decisões que influenciam diretamente no bem-estar de todos na aldeia.
O governador Helder Barbalho assinou ainda convênio com Cumaru do Norte para a construção de mais seis pontes de concreto armado em diferentes pontos da zona rural, que vão melhorar o tráfego de veículos e a acessibilidade das pessoas. As pontes serão feitas sobre os rios Espadilha, Oncinha, Narge, Indaiá (Nonato), Indaiá (Chicote) e Cangaia (Vila Estrela do Maceió), totalizando 138 metros.Com um investimento de R$ 4,1 milhões, as obras serão executadas pela Secretaria de Estado de Transportes (Setran), com a contrapartida municipal de pouco mais de R$ 167 mil. O restante será liberado pelo Governo do Pará.
Uma das pontes ficará dentro do território indígena, e será denominada Zé Other, em homenagem a um cacique da comunidade Gorotire falecido em 2020, aos 87 anos, vítima da Covid-19. “Ficamos muito felizes. É uma grande honra termos o governador aqui em nossa aldeia. É uma demonstração de respeito e cuidado com os povos indígenas. Mostra interesse em ajudar e conhecer a realidade. Esse é o segundo governador que recebemos, e tanto as pontes quanto a Casa do Guerreiro são avanços. Helder vai fazer o nome dele aqui dentro. É algo histórico”, afirmou Romeu Tumre, liderança e professor da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Kanhõk, que atende 500 alunos da comunidade indígena.
Com informações Ag/Pa
Foto David Alves Ag/Pa