O aumento da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) alcança níveis de incidência de moderada a alta em diversos estados da Região Norte, além de algumas unidades do Centro-Oeste e de Sergipe. De acordo com a análise, a SRAG em crianças de até 2 anos está relacionada ao vírus sincicial respiratório (VSR), enquanto em faixas etárias de 2 a 14 anos, a principal associação é com o rinovírus. Os dados correspondem à Semana Epidemiológica 9, entre 23 de fevereiro e 1º de março.
Em relação à SRAG ligada à Covid-19, o boletim não apontou estados com incidência alta. Diante desse cenário, a pesquisadora Tatiana Portella, do Programa de Computação Científica da Fiocruz e do Boletim InfoGripe, recomenda isolamento em caso de sintomas gripais. “Se for necessário sair, use uma máscara de boa qualidade. Também é essencial evitar visitas a crianças pequenas sem proteção, pois elas são mais vulneráveis a vírus respiratórios. Além disso, manter a vacinação contra a Covid-19 em dia é fundamental, especialmente para os grupos prioritários que precisam de reforços periódicos.”
A Covid-19 segue como a principal causa de casos e óbitos por SRAG entre idosos nas últimas semanas. No entanto, a incidência permanece em níveis baixos ou moderados nessa faixa etária, sem tendência de alta na maior parte do país.
ESTADOS
Nove das 27 unidades federativas registram incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas: Amazonas, Distrito Federal, Goiás, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins. Dentre essas, sete também indicam crescimento da SRAG no longo prazo: Distrito Federal, Goiás, Pará, Rondônia, Roraima, Sergipe e Tocantins.
A persistência do aumento de casos, com incidências moderadas a altas em estados do Norte (Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins), Centro-Oeste e Nordeste (Distrito Federal, Goiás e Sergipe), é impulsionada principalmente pelo crescimento entre crianças e adolescentes de até 14 anos.
CAPITAIS
Doze das 27 capitais apresentam incidência de SRAG em níveis de alerta, risco ou alto risco nas últimas duas semanas. Entre elas está Belém, que também figura entre as nove capitais com tendência de crescimento da doença no longo prazo.