Está cada vez mais caro abastecer os veículos nos postos de combustíveis, né? O alto valor já está pesando no bolso dos consumidores de todas as regiões.
Em Marabá, no sudeste do estado, por exemplo, o preço da gasolina pode chegar a R$ 6,05. Os constantes aumentos no preço preocupam os condutores.
O entregador João de Souza usa a motocicleta para trabalhar e está sentindo no orçamento os constantes aumentos no litro da gasolina.
“Antes eu gastava menos, porque estava mais barato, agora estou gastando quase o dobro do que eu gastava antes. Está subindo o preço e o consumo aumentando”, afirma.
O consumidor até tenta economizar, mas os preços nos postos da cidade são quase os mesmos. A diferença entre um estabelecimento e outro é de poucos centavos. Com isso, o condutor sente no bolso.
O mantenedor elétrico Lourivaldo dos Santos de Jesus ressalta que o trabalhador está sofrendo com esses reajustes. “Cada semana é um preço diferente e isso acaba pesando no orçamento, vai ter uma hora que a gente não vai encontrar uma maneira para abastecer”, destaca.
Entre os estabelecimentos, o preço do combustível tem pouca variação. Em um posto às margens da BR-230, na Nova Marabá, por exemplo, a gasolina comum é vendida a R$ 5,79 o litro; já o álcool sai R$ 5,25. Um pouco mais à frente a gasolina comum custa R$ 5,97 e a aditivada R$ 6,05. Longe das rodovias e em vias de grande circulação da cidade a gasolina custa R$5,94 e o etanol R$ 5,29.
“Tudo aumenta, tudo aumenta, só o salário, que não aumenta. Em compensação o combustível sobe direto. A gente tenta economizar, mas o que adianta a gente tentar economizar se o combustível tá sempre subindo. Aí fica difícil andar de veículo”, desabafa o motorista Aguinaldo Corrente.
REAJUSTE
Este ano já houveram nove reajustes da gasolina no país e oito do diesel. O setor de combustíveis se tornou o maior vilão da inflação em 2021 após a disparada do barril de petróleo no mercado internacional com a retomada das economias globais neste primeiro trimestre.
A alta lá fora também faz a Petrobras reajustar os preços no mercado doméstico, já que a petroleira adota a política de paridade internacional. As mudanças fizeram o preço da gasolina acumular alta de 22% aos consumidores neste trimestre, enquanto o diesel soma avanço de 18%.
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Informações: Diário Online