O pagamento do décimo terceiro salário é um incremento positivo na economia do Estado, segundo o economista paraense Pablo Damasceno. A segunda parcela do benefício deve ser paga legalmente até esta sexta-feira (20) e, no total das duas partes, o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese) aponta que serão injetados R$ 4,1 bilhões no Pará, beneficiando 1,8 milhão de pessoas.
“O benefício é sempre uma forma de alavancar a economia como um todo, mas o comércio e serviços são os mais alcançados. Com a proximidade das festas natalinas, as pessoas estão mais propensas a consumir, o que acarreta em uma maior receita ao Estado por meio de impostos arrecadados”, explicou Damasceno. A diferença desta parcela para a primeira do 13º salário deste ano, que foi paga oficialmente até o dia 30 de novembro, é que na segunda há incidência de encargos como Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e Imposto de Renda sobre Pessoa Física (IRPF).
Do total disponibilizado para as 4,2 milhões de pessoas em toda a região Norte, cerca de R$ 10,1 bilhões, o Pará responderá pela maior fatia entre os sete Estados, equivalente a 40,42% dos recursos, para 1.799.169 pessoas, ou seja, 43,12% de todos os beneficiários da região. O valor médio pago no Estado será de R$ 2.111,48, segundo o Dieese.
Essa média, no entanto, varia de acordo com a categoria que vai receber o 13º. Por exemplo, os beneficiários do INSS receberão menos, uma média de R$ 1.067,46. Já os empregados do mercado de trabalho formal receberão em torno de R$ 2.735,49, incluindo o trabalhador doméstico com carteira assinada, que, sozinho, recebe uma média de R$ 1.077.
Com esse incremento no salário, é uma boa oportunidade para quitar dívidas em aberto, de acordo com o economista. Damasceno explicou que, com os juros ainda elevados, a tendência é que os compromissos não pagos possam virar uma bola de neve. Ainda de acordo com o economista Pablo Damasceno, há uma maior lucratividade nesse período, o que resulta em novas vagas de empregos temporários e fixos.
(Com informações do jornal O Liberal)
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