Um levantamento realizado em 27 hospitais públicos e filantrópicos em diferentes regiões do Brasil aponta que, entre janeiro e agosto de 2024, as internações por doenças respiratórias aumentaram 27,6% em comparação ao mesmo período de 2023. Esse crescimento gerou um impacto financeiro significativo, com os custos de internação sendo R$ 11 milhões superiores aos do ano passado. A empresa responsável pela análise dos dados é a Planisa, especializada em gestão hospitalar.
Especialistas apontam que esse aumento pode estar relacionado a fatores como a intensificação de doenças sazonais, a exemplo da gripe e da bronquite, além de outras condições respiratórias agravadas por fenômenos climáticos extremos, como ondas de frio e poluição atmosférica. O impacto é ainda mais acentuado em áreas com menor cobertura vacinal, onde os surtos de doenças respiratórias se tornam mais frequentes.
O diretor da Planisa, em nota, destacou que para enfrentar o desafio do crescimento na demanda por leitos e o aumento nos custos operacionais, os hospitais precisam adotar medidas preventivas robustas. Entre as principais estratégias sugeridas estão o incentivo à vacinação contra doenças respiratórias, como a gripe e a pneumonia, e a criação de campanhas de conscientização sobre os cuidados durante as estações mais críticas, como o inverno.
Além disso, os hospitais terão de otimizar suas operações. “Os hospitais precisarão ajustar seus planejamentos para enfrentar picos sazonais e eventos climáticos extremos, o que envolve otimizar a alocação de leitos, pessoal e recursos, além de revisar e atualizar continuamente protocolos e práticas hospitalares. A gestão eficiente de recursos será crucial para garantir a qualidade do atendimento”, completou o diretor. Ele também ressaltou a importância de investimentos em tecnologia e inovação, como sistemas de monitoramento preditivo, que podem ajudar a prever picos de demanda e melhorar a resposta operacional dos hospitais