O Porto Futuro II transformará a área portuária da capital em um complexo moderno e multifuncional de turismo, lazer e fruição. Esse novo espaço é uma expansão do Porto Futuro, abrangendo a área entre a Estação das Docas e o Terminal Hidroviário de Belém. Parte do terreno será destinada à construção de um hotel da rede Vila Galé. O projeto é uma iniciativa do Governo do Estado, com um investimento total de R$ 568 milhões.
A obra será realizada em duas etapas. A primeira fase está prevista para ser concluída em outubro de 2025, a tempo da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre o Clima (COP 30). Até junho, 35% desta fase já havia sido concluída. Após o evento, a segunda fase será realizada até 2026. O objetivo é que o complexo impulsione atividades econômicas e gere emprego e renda, além de oferecer opções de lazer.
Até a COP, serão restaurados e reconstruídos os armazéns 4, 4A, 5, 6 e 6A. Esses espaços serão destinados à economia criativa (artesanato e bioeconomia), cultura alimentar (alimentação, oficinas, experiências, cursos), uma praça central com área infantil, apoio turístico, segurança e área técnica, estacionamento com 200 vagas para carros, bicicletário e nove guindastes, dos quais dois serão transformados em mirantes.
Museu das Amazônias
O armazém 4A abrigará o Museu das Amazônias, conforme anunciado pelo governador do Pará, Helder Barbalho, em 11 de junho. O museu é fruto de uma parceria entre o Governo do Estado, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Banco de Desenvolvimento da América Latina e do Caribe (CAF), com um investimento superior a US$ 800 mil (aproximadamente R$ 4,2 milhões). A criação do museu foi oficializada em 8 de julho, durante uma cerimônia no Palácio do Governo em Belém. Além dos bancos (BNDES e CAF), o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), o Instituto de Desenvolvimento e Gestão (IDG) e o Instituto Cultural Vale também são parceiros na iniciativa. Representantes dessas entidades participaram do lançamento.
Espaço para hotel de luxo com 500 leitos
Os galpões 8, 8A e 8B serão ocupados pela rede hoteleira Vila Galé, que construirá um hotel de luxo com acomodações de alto padrão para atender à demanda da COP 30. Um contrato foi firmado com o governo estadual para a cessão da área por 30 anos, em troca de uma parte do faturamento do hotel.
A previsão é que o hotel esteja pronto e operando em 2025, a tempo da COP, conforme anunciado na assinatura do contrato. Na ocasião, o governador Helder Barbalho destacou que o hotel contará com 500 novos leitos e gerará 300 empregos diretos na construção, além dos postos de trabalho criados posteriormente com a operação do hotel.
A rede Vila Galé, fundada em 1986, é responsável pelo projeto e construção do hotel em Belém. A rede opera 43 hotéis em Portugal, Espanha, Cuba e Brasil, onde possui 10 unidades em destinos turísticos como Rio de Janeiro, São Paulo, Fortaleza, Salvador e Angra dos Reis. A unidade de Belém será a primeira do grupo na região Norte.
