Hoje, 21 de março, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação está celebrando o Dia Internacional da Síndrome de Down, uma data estabelecida em 2006 pela Down Syndrome International. O objetivo do CIIR, localizado em Belém, é celebrar a vida das pessoas com síndrome de Down, promover diálogos com a sociedade sobre esse diagnóstico e fomentar a inclusão e o bem-estar dos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS).
Segundo a geneticista do CIIR, Patrícia Braga, a síndrome de Down é uma condição genética que é a causa mais comum de deficiência intelectual em todo o mundo. Atualmente, é possível suspeitar da presença da síndrome durante a gravidez devido a certas alterações identificadas em exames de ultrassom.
“Quando isso não é detectado, a suspeita geralmente surge logo após o nascimento ou pouco depois, principalmente devido às características faciais e à fraqueza muscular, resultando em atrasos no desenvolvimento neuropsicomotor, como sentar, andar e falar. O diagnóstico é geralmente confirmado por meio de consulta com um geneticista e realização de exames genéticos”, destaca a médica, acrescentando que a síndrome muitas vezes está associada a outras condições como hipotireoidismo, doença celíaca e cardiopatias.
Patrícia Braga ressalta a importância crucial do acesso à saúde e ao acompanhamento adequado para garantir o melhor cuidado ao longo da vida da criança com síndrome de Down, controlando as condições médicas associadas e proporcionando terapias para um desenvolvimento adequado e uma boa qualidade de vida.
“Há alguns anos, a expectativa de vida para pessoas com síndrome de Down era de apenas cerca de 30 anos. No entanto, devido ao maior acesso aos cuidados de saúde, hoje em dia estima-se que essas pessoas tenham uma expectativa de vida de cerca de 60 anos, semelhante à da população em geral”, acrescenta.
Além de oferecer acompanhamento médico especializado, o CIIR oferece um plano terapêutico personalizado para os usuários com síndrome de Down, envolvendo uma equipe multiprofissional que trabalha em conjunto para promover a reabilitação.
Marina Silva, uma criança de quatro anos de Breu Branco, a 432 quilômetros de Belém, é uma das 28 pessoas com síndrome de Down que recebem esse serviço no CIIR. Com o apoio da fonoaudiologia e fisioterapia, Marina tem mostrado progresso em seu desenvolvimento, como relata seu pai, Antônio Santana.
Para alcançar essa evolução, a fonoaudióloga Rubia Jussara destaca a importância da imitação, do contato visual e do uso de recursos como o espelho para melhorar a comunicação da criança. Já a fisioterapeuta Patrícia Souza concentra-se em questões posturais para ajudar Marina a alcançar seu objetivo de caminhar.
O CIIR é uma referência no Pará para assistência médica de média e alta complexidade para pessoas com deficiência visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem acessar os serviços do Centro através de encaminhamento das unidades de saúde, coordenado pela Central de Regulação de cada município.
O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é uma instituição do Governo do Pará administrada pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). Está localizado na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Para mais informações, entre em contato pelo telefone: (91) 4042-2157 /58 /59.
