Apesar da promessa de autonomia feita à Secretária Especial da Cultura, Regina Duarte, o ministro-chefe da Casa Civil, general Walter Souza Braga Netto, anulou a nomeação de Maria do Carmo Brant de Carvalho para a Secretaria da Diversidade Cultural. A nomeação havia sido publicada de manhã no Diário Oficial da União (DOU), mas no fim da tarde de hoje (9), foi publicada uma edição extra do DOU suspendendo a nomeação feita por Regina.
Maria do Carmo foi secretária de Assistência Social no governo Dilma Rousseff, o que levou a rede bolsonarista a criticar o ato de Regina e a pedir a anulação da nomeação.
Durante a posse de Regina, no último dia 4, a agora secretária disse em seu discurso, que Bolsonaro lhe prometeu carta-branca para montar sua equipe. O presidente, porém, disse que todos seus ministros têm autonomia, mas que ele tem poder de veto.
Empossada e atacada
No dia de sua posse a secretária da Cultura já encarou uma crise digital. Olavo de Carvalho voltou atrás no seu posicionamento político de apoiar Regina Duarte. O guru influente na gestão Bolsonaro utilizou as redes sociais para justificar que apenas apoiou a indicação de Regina para impedir que a liderança da pasta ficasse nas mãos do cineasta Josias Teófilo, amigo de Olavo e diretor do filme “O Jardim das Aflições”, que retrata o guru.
Em seu discurso, ela assegurou que vai “zelar pela cultura do povo, repartindo com equilíbrio as fatias do fomento para que todas as regiões do país possam ter viabilizadas e expostas a sua produção e que toda a população possa desfrutar da nossa magnífica expressão cultural”. Ela também disse que tem como principal finalidade “pacificar” o diálogo da classe artística .”Meu propósito aqui é pacificação e diálogo permanente com o setor cultural, com estados e municípios, com o Parlamento e com os órgãos de controle”, afirmou.
(Com informações do Congresso em Foco)
Foto: Marcos Corrêa/PR