A Fibra que promete revolucionar o mercado interno paraense por servir como revestimento para o interior de automóveis e substituto do gesso na construção civil, tem colocado o município de Alenquer, no oeste do Estado, em uma posição de destaque no cenário econômico da produção de juta na região norte.
A produção da fibra no município teve início em 2017 com o apoio técnico da Emater e vem crescendo a cada ano. A expectativa é de que até o fim deste mês, sejam colhidas cerca de 55 toneladas .
O município paraense é o único a produzir sementes de juta no Brasil e o trabalho é desenvolvido por várias famílias de comunidades ribeirinhas gerando renda na região. A produção já tem destino certo, a Companhia Têxtil de Castanhal (CTC) no nordeste do Estado.
Com a crescente procura pela matéria-prima no mercado, a Emater já trabalha para envolver mais comunidades e aumentar a área de plantio. “Como o plantio de fibra na várzea se dá no período de vazão das águas dos rios, entre os meses de agosto e setembro, e no período de invasão das águas, dezembro, os agricultores conseguem trabalhar com duas safras por ano, por isso a Emater local realiza trabalho constante com as comunidades para que os jovens, por exemplo, possam estar inseridos neste processo”, como explica o técnico em Agropecuária Waldomiro Ferreira.
O fortalecimento econômico gerado pelo cultivo da juta tem mudado a vida das famílias das comunidades de Suribimiri de baixo, Suribimiri de cima, Subiaçu, Arapiri, Centro do Arapiri, Urucurituba e Salvação. Todas no município de Alenquer.
Cada imóvel possui cerca de 0,5 hectares de área plantada que somando um total de 19 hectares. A produção traz boas perspectivas econômicas por possuir um ciclo curto de apenas três meses para colheita. Cada família recebe aproximadamente R$ 4 mil, o que totaliza R$ 154 mil no montante total. Na elaboração do projeto de resgate da cultura da juta, a Emater contou com a parceria da CTC da Prefeitura Municipal de Alenquer.
O que é juta?
A juta é uma planta utilizada como matéria-prima na indústria de sacaria, sendo de grande importância nesse segmento. As fibras secas também são utilizadas em algumas indústrias moveleiras, que empregam tecidos feitos com a juta como revestimento rústico, entre outras aplicações.
(Com informações da Emater)
Foto: Agência Pará / Divulgação