Uma fusão inédita entre batidas contemporâneas da periferia paraense e ritmos tradicionais promete agitar o Rock in Rio 2024. Neste sábado (21), no Palco Global Village, a Gang do Eletro e as Suraras do Tapajós se unem para uma apresentação histórica, mesclando a energia vibrante do eletromelody com as tradições dos tambores amazônicos.
Idealizada especialmente para o Rock in Rio 2024, essa performance única levará o público em uma jornada sonora pela Amazônia paraense, unindo a eletricidade da Gang do Eletro às raízes ancestrais das Suraras do Tapajós, o primeiro grupo de carimbó formado apenas por mulheres indígenas, e as primeiras artistas do Oeste do Pará a subir ao palco do festival.
Pioneira no eletromelody, um subgênero do tecnobrega que mescla batidas eletrônicas com influências europeias, a Gang do Eletro já levou a cultura periférica da Amazônia a eventos de destaque, como a abertura das Olimpíadas do Rio em 2016. Com shows que misturam dança, projeções e efeitos visuais, o grupo é conhecido por sua energia eletrizante e por representar as tradições das festas de Aparelhagem de Belém.
O quarteto, formado pelos vocalistas Will Love, Keila, Marcos Maderito e DJ Waldo Squash, voltou à cena após um hiato de cinco anos com o anúncio de um novo álbum, reafirmando sua relevância no cenário musical e internacionalizando o tecnobrega paraense.
As Suraras do Tapajós, por sua vez, trazem a força da cultura indígena com suas vozes e danças tradicionais, usando instrumentos artesanais. Suas performances exaltam a natureza, a ancestralidade e a luta pelos direitos das mulheres e a preservação ambiental. As Suraras utilizam o palco como espaço de protagonismo feminino e resistência, defendendo o território e a preservação dos povos originários.
O encontro entre esses dois movimentos musicais no Rock in Rio promete ser mais do que um show: será um diálogo entre o moderno e o ancestral, refletindo como as tradições culturais influenciam e moldam as inovações do futuro. O DJ Waldo Squash, da Gang do Eletro, afirma: “Trazer a cultura de periferia ao Rock in Rio é levar um pouco de cada pessoa que vive nela. Vai ser um prazer unir as vivências das Suraras com a nossa música, mostrando toda a grandiosidade de luzes, sons e efeitos das aparelhagens e do tecnobrega.”
Leila Borari, das Suraras do Tapajós, acrescenta: “Nossa música não é só arte, é luta, história e ancestralidade. Estar nesse palco é uma responsabilidade imensa. O mundo precisa ouvir os povos indígenas.”
SERVIÇO: Gang do Eletro e Suraras do Tapajós no Rock in Rio 2024
Quando: Sábado (21)
Onde: Palco Global Village, Rock in Rio 2024