No Dia Nacional do Teste do Pezinho, celebrado nesta quinta-feira (6), a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) destaca a importância vital do exame, disponível gratuitamente em unidades básicas de saúde e maternidades públicas, para a saúde dos recém-nascidos. A Triagem Neonatal Biológica (TNB), conhecida como Teste do Pezinho, desempenha um papel crucial na detecção e tratamento precoces de sete doenças, reduzindo o risco de impactos no crescimento e desenvolvimento infantil.
Desde 1992, o exame é obrigatório e gratuito em todo o território nacional. A recente legislação reforça ainda mais sua importância como ferramenta indispensável para garantir o direito à saúde dos recém-nascidos, ampliando a gama de exames oferecidos em várias etapas. Em dezembro de 2023, o Pará incluiu a análise de Toxoplasmose Congênita no teste do pezinho, cumprindo integralmente a primeira etapa da lei que ampliou o Programa Nacional de Triagem Neonatal.
A orientação da Sespa e do Ministério da Saúde é que as amostras de sangue dos recém-nascidos sejam coletadas entre o 3º e o 5º dia após o nascimento. O Teste do Pezinho envolve a coleta de uma amostra de sangue do calcanhar do recém-nascido, realizada em maternidades ou unidades de saúde. Essa amostra é então enviada ao Laboratório Central do Pará (Lacen-PA) para análise. Os resultados ficam prontos em cerca de 10 a 15 dias e são enviados para a unidade de saúde responsável pela coleta.
“Recebemos, em média, 10 mil amostras de sangue por mês. Nosso laboratório é equipado com tecnologia automatizada e uma equipe treinada, o que nos permite lidar eficientemente com esse grande volume”, afirma o diretor do Lacen, Alberto Júnior.
O Teste do Pezinho pode identificar diversas doenças graves, permitindo tratamento precoce e prevenindo complicações futuras, como Hipotireoidismo Congênito, Fenilcetonúria, Doença Falciforme, Fibrose Cística, Hiperplasia Adrenal Congênita, Deficiência de Biotinidase e Toxoplasmose Congênita.
O Programa Nacional de Triagem Neonatal opera com a coleta das amostras nas unidades de saúde, que são enviadas ao Lacen para análise. Os resultados são disponibilizados via sistema para todos os municípios. Se algum resultado indicar anormalidade, a criança é convocada para novos testes de confirmação. Confirmado o diagnóstico, a criança é acompanhada pelo Serviço de Referência em Triagem Neonatal na Uremia e outros serviços parceiros, recebendo tratamento e insumos necessários.
O Serviço de Referência em Triagem Neonatal (SRTN), localizado na Unidade de Referência Especializada Materno-Infantil e Adolescente (Uremia), oferece acompanhamento multiprofissional às crianças. Esse atendimento especializado é crucial para evitar sequelas e complicações que a doença poderia causar sem intervenção.
Com informações: Agência Pará