Num esforço coordenado para desmantelar uma associação criminosa envolvida em peculato, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informação e lavagem de dinheiro, a Polícia Civil do Estado do Pará, com o apoio da Polícia Científica e da Corregedoria-Geral da Polícia Militar, executou a Operação Infiltrado. A operação, realizada nesta quarta-feira (22) nas cidades de Belém, Castanhal e Colares, resultou em três mandados de prisão preventiva e cinco de busca e apreensão, demonstrando o compromisso das autoridades em combater crimes cibernéticos e proteger a sociedade.
O Instituto de Gestão Previdenciária e Proteção Social do Estado do Pará (IGEPPS) teve um papel crucial ao identificar alterações suspeitas em seu sistema de contracheques, levando à descoberta de movimentações ilícitas nos contracheques de dois servidores inativos, totalizando cerca de seis milhões de reais. Durante a operação, foram apreendidos notebooks, armas de fogo, munições e celulares, itens essenciais para as investigações em curso.
“As investigações resultaram na prisão de um servidor ativo, responsável por fazer as alterações no sistema, e dois servidores inativos que recebiam os valores. Agora, procederemos com a análise de todo o material apreendido para identificar possíveis outros envolvidos”, explicou a delegada Vanessa Lee, diretora Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos.
A ação, coordenada pela Divisão de Combate a Crimes Econômicos e Patrimoniais Praticados Por Meios Cibernéticos (DCCEP), vinculada à Diretoria Estadual de Combate a Crimes Cibernéticos (DECCC), contou com a participação de 21 policiais civis, um perito policial, apoio de policiais militares e seis viaturas.
“Essa ação policial evidencia o compromisso da Polícia Civil do Pará em combater o crime cibernético e proteger a sociedade e órgãos governamentais de práticas criminosas que se utilizam da tecnologia para fraudar e desviar recursos públicos”, afirmou o delegado-geral de Polícia do Pará, Walter Resende.