Na manhã desta quarta-feira (20/3), a Polícia Federal iniciou a operação Artemis com o objetivo de combater o comércio ilegal e a receptação qualificada de animais silvestres em Belém. Dois mandados de busca e apreensão foram executados, resultando na prisão em flagrante dos suspeitos encontrados com aves silvestres em gaiolas em suas residências.
Quando a equipe da PF chegou ao local, em vez de cooperarem, os moradores soltaram rapidamente dezenas de aves que estavam confinadas. Após forçar a entrada, os agentes encontraram oito pássaros incapazes de voar devido às condições precárias em que estavam mantidos, além de três já mortos.
As aves foram entregues à Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), que emitiu auto de infração ambiental e ficou encarregada de devolvê-las ao seu habitat natural.
O casal, responsável pelo crime, foi autuado em flagrante por comércio ilegal de animais silvestres, maus-tratos e receptação qualificada.
Segundo as investigações, os suspeitos agem como intermediários em uma associação criminosa que também envolve a caça ilegal. Eles são responsáveis pela compra, venda e transporte de animais, facilitando a transação com receptadores em outros estados, especialmente no Ceará e no Maranhão. Esse comércio ilegal aparenta ser sua principal fonte de renda.
As autoridades iniciaram a investigação com base em informações fornecidas pela Polícia Rodoviária Federal, que havia abordado os suspeitos várias vezes entre 2021 e 2023, transportando animais silvestres em condições precárias.
Em uma das abordagens, foram encontradas 40 aves de diversas espécies, como bicudo, curió, pipita, bico de brasa e rouxinol. Os animais foram apreendidos e encaminhados à Semas, enquanto os responsáveis eram autuados por meio de Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO), permanecendo em liberdade. Agora, contudo, encontram-se detidos em flagrante aguardando as devidas providências judiciais.