O líder do centrão, Arthur Lira (PP-AL), é o novo presidente da Câmara dos Deputados para o biênio 21/22. O deputado alagoano venceu em primeiro turno a disputa, com 302 dos 513 votos possíveis. Seu principal opositor, Baleia Rossi (MDB-SP), apoiado por Rodrigo Maia (DEM), ficou com 145 votos.
A eleição de Arthur é considerada um aproximamento da Câmara dos Deputados com a agenda do governo de Jair Bolsonaro. O pleito também ficou marcado por um racha inédito no centrão, formado por diversas siglas que, juntas, formam o maior bloco da Câmara.
A vitória de Arthur Lira já era prevista nos bastidores do Congresso. Ao longo da semana, o presidente Jair Bolsonaro declarou apoio a candidatura de Lira. O presidente conseguiu negociar, nos bastidores, apoio de parlamentares do bloco centrão a candidatura do pernambucano. Entre as promessas, Bolsonaro ofereceu aprovações de emendas e cargos em comissões e ministérios.
A candidatura de Baleia Rossi foi se desidratando ao longo da semana, com vários deputados mudando de lado e declarando apoio a Lira. O próprio DEM retirou apoio a candidatura de Baleia e declarou neutralidade, o que deixou Rodrigo Maia indignado com seu partido e cogitou sua saída. Questionado, o presidente do partido, deputado ACM Neto, disse que foi a única opção diante da pressão de uma parte significativa da sigla e que espera conversar com Rodrigo Maia após a “poeira baixar”.
Em seu primeiro discurso, Arthur Lira prometeu pautar as reformas sem nenhum tipo de preconceito e pediu união entre todos os deputados. “precisamos amparar os brasileiros que estão em estado de desespero econômico por causa da covid-19. Temos de vacinar nosso povo e buscar o equilíbrio de nossas contas públicas. Irei propor ao novo presidente do senado uma ideia geral de pauta emergencial, para encaminharmos o temas urgentes. Não serei eu que irei dizer o tema, seremos nós”, disse, prometendo avançar nas reformas necessárias para crescimento econômico do Brasil.
As vitórias de Arthur Lira e Rodrigo Pacheco são consideradas como uma vitória de Jair Bolsonaro.
A aproximação inédita da Câmara e do Senado às pautas do bolsonarismo abre terreno para as reformas econômicas desejadas pelo Governo Federal.
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Informações: Diário Online