Peritos do Centro de Perícias Científicas Renato Chaves descartaram estupro e qualquer outro ato libidinoso contra a criança recém-nascida internada no Hospital Regional Público do Marajó (HRPM), em Breves, no arquipélago do Marajó. A informação, divulgada nesta quinta-feira (23), através de um laudo oficial, desmente a versão dada por um médico da cidade de Portel, que afirmava que a bebê teria sido estuprada. A versão do possível estupro foi notíciada ontem pela imprensa.
A notícia sobre um suposto abuso sexual foi provocada por engano ou precipitação de um médico ainda não identificado que presta serviço numa unidade de saúde de Portel, o primeiro aonde a criança foi atendida. Ao examinar a bebê, o profissional emitiu laudo afirmando que a criança apresentava lesões na região anal por supostamente ter sido vítima de violência sexual.
Versão da Perícia – O laudo oficial dos peritos aponta que a bebê possui uma fissura anal característica de recém-nascidos, que, por amamentarem frequentemente, evacuam várias vezes ao dia, o que pode produzir lesões na região retal.
O Ministério Público do Estado do Pará (MPPA) foi comunicado do fato e está acompanhando o inquérito policial que apura as ocorrências. Nos últimos dias, circularam notícias afirmando que a criança, natural de Portel, foi internada após supostamente sofrer abuso sexual. A informação foi negada oficialmente por peritos na tarde desta quinta-feira (23).
O promotor de Justiça titular de Portel, Rodrigo Silva Vasconcelos, reuniu pela manhã com a equipe médica do HRPM e com a Polícia Civil, em Breves, para tratar sobre o caso da bebê, que ingressou na unidade de saúde em 17 de janeiro com um quadro clínico de desconforto respiratório, conjuntivite e fissura anal.
A bebê nasceu no Hospital Municipal de Portel, no último dia 8 de janeiro, e foi transferida para Breves, a pedido daquela unidade de saúde, por apresentar desconforto respiratório.
De acordo com o boletim médico, a criança apresenta quadro clínico estável, com evolução satisfatória e continua internada no HRPM por estar na fase final de tratamento de conjuntivite, que inclui o uso de remédio antibiótico.
A perícia foi solicitada pela delegada Vanessa de Souza, superintendente da Polícia Civil no polo Marajó, que instaurou inquérito para apurar as notícias de suposto abuso sexual contra a bebê.
De posse do laudo emitido pelo Centro de Perícias Científicas Renato Chaves, a polícia vai dar andamento ao inquérito, que será acompanhado pelo MPPA. Uma das atividades previstas é a oitiva do médico, de Portel, que emitiu laudo afirmando que a criança apresentava lesões na região anal por supostamente ter sido vítima de violência sexual.
(Com informações do site Ver-o-Fato)
Foto: Ascom /HRPM