Um estudo da empresa Funcional Health Tech feito com base em 327 mil clientes da companhia, localizados em todo o país, demonstrou que de 2014 a 2018 o consumo de antidepressivos cresceu 23%. Esse aumento preocupa ainda mais por contrariar a tendência de consumo geral de medicamentos, que apresentou queda de 5% nesse período.
De acordo com o estudo, mulheres na faixa de 40 anos são as que mais utilizam antidepressivos. Ainda com base nos dados, foi criado um ranking de vendas de medicamentos, dividido por classes terapêuticas, que demonstra que a psiquiatria é a 10ª classe mais consumida no país. Dentro dessa classe, os medicamentos mais vendidos são antidepressivos e analépticos (drogas estimulantes do sistema nervoso central), depois sedativos e ansiolíticos (medicamentos usados no controle da ansiedade).
“A saúde mental e a saúde física são duas vertentes fundamentais para o bom funcionamento do corpo humano”, diz Ricardo Ramos, médico e vice-presidente da Funcional Health Tech. “Ansiedade e depressão têm afetado a população do mundo todo e o cuidado especial com a ajuda de um médico especialista em saúde mental é muito importante”, ressalta.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), em escala global, o número de pessoas com depressão aumentou 18,4% nos últimos dez anos. São 322 milhões de indivíduos, ou 4,4% da população da Terra. Na América Latina, o Brasil é o país mais ansioso e estressado. Cerca de 5,8% dos brasileiros sofrem de depressão e 9,3% de ansiedade.
(Com informações do Diário do Pará)
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