O Parque da Cidade, em Belém, ganhou 300 bancos produzidos com tecnologia térmica, pensada especialmente para o clima amazônico. Fabricados com concreto armado de alta performance e revestimento atérmico, os assentos mantêm a superfície agradável ao toque mesmo sob sol intenso, garantindo mais conforto aos frequentadores.
“O diferencial está na composição do material, que alia resistência e controle térmico. Mesmo expostos diretamente ao sol, os bancos permanecem confortáveis”, explica Carlos Araújo, gerente de Engenharia da Diretoria Valor Social Norte da Vale. Os bancos também recebem tratamento hidrorepelente, que evita a absorção de água e facilita o escoamento da chuva, mantendo-os secos e prontos para o uso. “Além de duráveis, exigem pouca manutenção, o que torna a solução sustentável e econômica”, acrescenta Araújo.
De acordo com Rodolfo Castro, diretor de Projetos da Secretaria de Estado de Cultura (Secult), o mobiliário urbano foi planejado para promover bem-estar e segurança. “A proposta vai além de oferecer lugares para sentar. São espaços de descanso e convivência, adequados às condições climáticas da região”, afirma. “Os bancos também reforçam o design urbano do parque com materiais sustentáveis e de longa durabilidade.”
Urbanismo centrado nas pessoas e legado sustentável
A adoção dos bancos térmicos reflete uma abordagem mais humana e inovadora do urbanismo em Belém. A ideia é valorizar a experiência de quem frequenta os espaços públicos, promovendo conforto, acessibilidade e permanência qualificada.
“Independentemente do calor, os bancos estarão sempre prontos para uso. Isso favorece o lazer e o uso contínuo do parque, sem impacto negativo”, destaca Castro. “Queremos que essa experiência inspire outras áreas da cidade, dentro de um conceito de urbanismo inteligente e centrado nas pessoas.”
O novo mobiliário integra o projeto de requalificação do Parque da Cidade, que inclui um amplo plano de paisagismo. Cerca de duas mil árvores já foram plantadas ou transplantadas, de um total de 2.500 previstas até a COP30. Entre as espécies estão samaumeira, seringueira, mamorana, ipê, açaizeiro, bacabeira e pupunheira, além de árvores ameaçadas de extinção, como cedro, mogno e acapu. A área de 500 mil metros quadrados também recebe milhares de plantas ornamentais, reforçando o compromisso com a sustentabilidade e com o legado da COP30 em Belém.