O Campeonato Paraense de 2025 terá a tecnologia do árbitro de vídeo (VAR) em todas as suas partidas, conforme anunciado pelo presidente da Federação Paraense de Futebol (FPF), Ricardo Gluck Paul. Ele revelou que a entidade está em processo de aquisição dos equipamentos necessários para a implementação do VAR na próxima edição do torneio estadual.
“Nossa intenção é garantir que o VAR esteja presente em todos os jogos do estadual. Estamos desenvolvendo uma tecnologia própria e adquirindo os equipamentos adequados. Estamos na fase final desse projeto”, afirmou o presidente.
Atualmente, o VAR já é utilizado no Campeonato Paraense, mas apenas em jogos específicos, como os clássicos Re-Pa e nas finais do campeonato.
A tecnologia gerou polêmicas na edição deste ano do Parazão. Após o primeiro jogo da final entre Remo e Paysandu, a diretoria do Remo solicitou à FPF o acesso ao registro de áudio das comunicações durante a partida, após críticas à atuação do árbitro Djonaltan Costa de Araújo, responsável pelo VAR, que foi acionado em lances de expulsão e penalidades.
A FPF negou parcialmente o pedido, condicionando o acesso à presença de dirigentes do Remo na sede da entidade, acompanhados por um membro da comissão de arbitragem. O clube, no entanto, recorreu à Justiça Desportiva e garantiu o direito de acesso aos áudios.
Na partida, o Paysandu venceu o Remo por 2 a 0, mas a atuação do árbitro central, Bráulio da Silva Machado, e a equipe de VAR, composta por Djonaltan Costa de Araújo, Luis Diego Nascimento Lopes, Gleika Oliveira Pinheiro e Olivaldo da Silva Moraes, geraram críticas dos jogadores e dirigentes do Remo. Eles contestaram as decisões tomadas, especialmente em relação às expulsões dos jogadores Paulinho Curuá e Nathan, argumentando que atletas do Paysandu, como o volante João Vieira, deveriam ter sido punidos de maneira similar. Além disso, a expulsão do volante Leandro Vilela, do Paysandu, foi marcada apenas com a ajuda do VAR, e não por decisão direta do árbitro.