Projeto promove inclusão e empoderamento de mulheres em Altamira

A frase “lugar de mulher é onde ela quiser” nunca fez tanto sentido. Em qualquer lugar do mundo, especialmente em meio às discussões degênero, direitos políticos, melhores salários e espaços mais justos no mercado de trabalho, as mulheres têm ocupado o seu espaço. E em Altamira, no sudoeste do Pará, não poderia ser diferente. O projeto Belo Monte Comunidade, iniciativa de responsabilidade social da Norte Energia, fortalece, desde outubro 2019, ações de cidadania, saúde, capacitação profissional, esporte, cultura e lazer a cerca de 20 mil moradores dos bairros construídos pela companhia no município.

Neste 08 de março, instituído como Dia Internacional da Mulher, em 1975, pela Organização das Nações Unidas (ONU), centenas de mulheres de várias gerações que vivem nos bairros Jatobá, Água Azul, Casa Nova, São Joaquim e Laranjeiras ocupam seus espaços e aprimoram as suas habilidades por meio das ações desenvolvidas pela empreendedora da UHE Belo Monte, em parceria com as associações de moradores dos bairros e a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa). As atividades, que atendem um público cada vez mais feminino, reforçam não somente a geração de renda por meio de oficinas e cursos profissionalizantes, mas contribuem para qualidade de vida por meio da prática esportiva.

Lute como uma garota!

Com apenas 13 anos, a menina Amanda Rafaela Gomes, é uma das paraenses que encontraram seu lugar desafiando limites a partir do que acredita. Apaixonada por esportes, ela se orgulha de frequentar as aulas do projeto de Futebol Social, realizado pela Norte Energia desde novembro de 2019 nas quadras dos cinco bairros que construiu em Altamira.

Jogar futebol, uma atividade comum para muitos meninos, fez com que Amanda tivesse que aprender a enfrentar e gerenciar, desde cedo, o bullying, coisa que já tira de letra. “Ainda é difícil para um menino aceitar que algumas meninas podem jogar melhor que muitos deles, mas sinto que isso já melhorou. Na minha escola, por exemplo, esse assunto é bem discutido e a gente já consegue fazer o quiser sem confusão”, observa a jogadora, que frequenta o 8º ano na Escola Municipal Rui Barbosa, no Laranjeiras.

“O Futebol Social veio em boa hora. Além de ocupar o tempo dela com uma atividade saudável, ajuda a mostrar que ela pode fazer o que ama sem se importar com o olhar torto de ninguém. Além do mais, é uma forma de meninos e meninas aprenderem a dividir o mesmo espaço, o que os torna seres humanos melhores”, afirma a cabeleireira Josilma Gomes, 37, mãe de Amanda.

Empodere-se!

Andevânia Pantoja é uma das centenas de mulheres atendidas pelo projeto Belo Monte Comunidade (Foto/ Jaime Souzza / Norte Energia)

A busca por espaços ocupados predominantemente por homens é um dos maiores desafios encarados pelas mulheres e uma das principais bandeiras de integração feminina no mundo. A jovem Andevânya Pantoja, de 25 anos, que mora no bairro Jatobá, em Altamira, é um exemplo de quem conseguiu ocupar seu espaço numa profissão ainda comandada pelos homens, a mecânica.

No final de 2019, ela e outras mulheres participaram do curso de mecânica de motocicletas, ofertado por meio do projeto Belo Monte Comunidade em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Pará (Fiepa), por meio do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) de Altamira. “Numa turma de 12 pessoas, éramos quatro mulheres e fomos muito respeitadas. Não foi fácil, mas a gente conseguiu aprender muita coisa. Me sinto preparada a encarar uma oficina e fazer as coisas bem feitas”, afirma.

Seja uma super mulher!

A idosa Máxima Coelho, de 77 anos, vive em uma das casas construídas pela Norte Energia no bairro Laranjeiras, em Altamira. Viúva e mãe de três filhos, ela se dedica ao artesanato e à costura, uma de suas paixões, herdada da família paterna. O curso de corte e costura do Belo Monte Comunidade foi a oportunidade que ela aguardava para aprender a produzir bolsas. “Antes eu fazia apenas pequenos ajustes e costurava bonecas de pano, além de outros itens de artesanato, mas o curso despertou minha criatividade e agora já me garante uma renda extra”, explica.

Máxima Coelho aprendeu a confecccionar bolsas nas oficinas de costura promovidas pelo projeto (Foto/ Jaime Souzza / Norte Energia)

Entre suas bolsas, crochês, guardanapos pintados à mão e bonecas de pano, Máxima fala como é fazer o que gosta aos 77 anos. “Com o passar dos anos a gente vai se aquietando, mas sempre ocupando a mente e fazendo o que ama. Estou ansiosa por novos cursos, pois aprender nunca é demais”, destaca a artesã.

Para Fernanda Mayrink, coordenadora de projetos da Norte Energia, uma mulher que também ocupou seu espaço em uma das maiores empresas do país, ações como as desenvolvidas pelo Belo Monte Comunidade ajudam a transformar a vida das mulheres. “São mulheres de todas as idades, ativas e sonhadoras, que encontram nessas ações oportunidades de aprender um novo ofício. Além de promover a empregabilidade, melhorar a renda familiar e aquecer a economia da região, o projeto Belo Monte Comunidade contribui para fortalecer os espaços dessas mulheres na sociedade”, avalia a gestora.

(Com informações da Ascom/Norte Energia)

Fotos: Jaime Souzza/ Acervo Norte Energia.

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