Operação da PF investiga desvio de recursos públicos no Pará

Após um ano de investigações sobre suposto esquema de fraudes em contratações feitas por prefeituras do Pará, a Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira, 12/12, a Operação Vissaium, para cumprir 23 mandados de busca e apreensão. Entre os alvos da operação está o vice-governador do Pará, Lúcio Vale (PL).

Com o apoio da Controladoria-Geral da União (CGU) e da Receita Federal, mais de 150 policiais federais estão cumprindo mandados autorizados pela 4º Vara Criminal Federal em Belém, Bragança, Cachoeira do Piriá, Capanema, Garrafão do Norte, Peixe-Boi e outras localidades da região metropolitana da capital paraense. A PF fez buscas também no palácio do governo do Pará, com o objetivo de recolher documentos de Vale.

A operação foi autorizada pelo juiz federal Antônio Carlos Campelo, da 4ª Vara da Justiça de Belém. Os nomes dos detidos não foram divulgados pela PF.

A investigação aponta que nos anos de 2010 a 2017, o grupo suspeito movimentou mais de R$ 39 milhões em recursos públicos do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) e do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Entre as práticas irregulares investigadas estão: fraude em licitação (participação das mesmas empresas em várias licitações), simulação de entrega de merenda escolar e pagamento de vantagem indevida a agentes públicos.

Governo afirma que a investigação não tem relação com a vice-governadoria

Em nota, divulgada pela Secretaria de Comunicação do Estado (Secom), governo do Pará afirmou que a investigação se relaciona a fatos anteriores ao mandato e não tem relação com a vice-governadoria. Leia a nota do Governo do Pará na íntegra:

Sobre a operação ocorrida pela manhã, o Governo do Estado do Pará esclarece:
Os supostos fatos investigados teriam ocorrido entre 2010 e 2017, portanto antes do início do governo e sem relação com a vice-governadoria.
O Governo do Estado tem plena confiança no esclarecimento dos fatos e na Justiça.

(Com informações da Agência Brasil)

Foto: Arquivo/Agência Brasil

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