Pará aumenta exportação de carne bovina para Arábia Saudita

O comunicado do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), de que dois frigoríficos paraenses foram habilitados para a exportação de carne bovina e derivados para a Arábia Saudita, trouxe novas perspectivas para o cenário econômico no setor pecuário no Estado.

O Frigorífico Fortefrigo, que fica em Paragominas, no sudeste do estado e o Frigol, localizado em São Félix do Xingu, também na região sudeste, foram anunciados entre as oito companhias brasileiras capacitadas pela autoridade sanitária saudita – SFDA (Daudi Food and Drug Authority) – para a venda de proteína bovina ao país.

A habilitação dos frigoríficos é resultado do investimento do Estado na agropecuária. “O esforço conjunto dos produtores de carne e dos estudos e ações do governo para o desenvolvimento do setor trouxe resultados importantes, como a recente exportação da carne bovina paraense para o mercado chinês. Isso abre precedente para a habilitação de novos frigoríficos para negócios com diversos locais”, ressaltou Brenda Caldas, diretora agropecuária da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap).

De acordo com dados do Mapa, em 2018, as exportações de produtos agropecuários brasileiros para a Arábia Saudita renderam 1,7 bilhão de dólares. Foram mais de 2,9 milhões de toneladas transportadas. De janeiro a outubro deste ano, as exportações do agronegócio brasileiro para a Arábia Saudita totalizaram 1,4 bilhão de dólares. No mesmo período, o Pará exportou quase 670 mil bovinos e bubalinos para outros países.

Para Daniel Freire, presidente do Sindicato da Indústria de Carnes no Pará (Sindicarne), expansão do setor tem grande representatividade econômica para o Estado, representando geração de emprego e renda com a criação de novos 15 mil postos de trabalho. “A pecuária está presente em todos os 144 municípios do Estado, principalmente em criações de pequenos proprietários”, destaca.

Para Paulo Silva, que é morador de Paragominas e atuou na área frigorífica durante 12 anos e agora está desempregado, vê na expansão do setor a possibilidade de reinserção no mercado de trabalho. “ Com essa exportação para fora do país, a gente sabe que vai aumentar a produção e a abertura de contratação de mão de obra também. Eu espero conseguir um emprego e continuar trabalhando nessa área. Foi uma notícia que trouxe muita esperança.”Afirmou.

(Com informações da Agência Pará)
Foto: Bruno Cecim / Ag. Pará

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