Laboratório central do Pará está apto a analisar amostras suspeitas de coronavírus

Com capacidade de processar até 160 amostras por dia, para identificação de vírus respiratórios, o Laboratório Central do Estado (Lacen-PA) já está preparado para analisar amostras de casos suspeitos do novo coronavírus .

As unidades de saúde que atenderem a casos suspeitos da doença devem coletar uma amostra por meio de aspiração, swab nasofaríngeo ou amostra de secreção respiratória inferior e encaminhar ao laboratório.
No Lacen-PA, a amostra será dividida em duas alíquotas, uma para análise no próprio Laboratório e a outra para envio ao Laboratório de Referência Nacional, para análise específica do coronavírus.

Segundo a vice-diretora do Lacen-PA, Valnete Andrade a amostra será analisada em painel de vírus respiratórios pelo método RT-PCR Biologia Molecular, conforme preconizado pelo Ministério da Saúde“Deve ser encaminhada em até 72 horas, para chegar aqui em condição adequada para análise, pois a demora pode inviabilizar o diagnóstico”, disse.

O trabalho será realizado pela Seção de Virologia 1 da Divisão de Biologia Médica, contando com uma equipe de 11 profissionais, sendo cinco farmacêuticos-bioquímicos e seis técnicos de laboratório. Para a realização das análises, será utilizado um termociclador, equipamento específico para pesquisa na área de biologia molecular.

A gerente da Divisão de Biologia Médica, Patrícia Sato, explicou que o Lacen-PA vai pesquisar a presença de outros vírus respiratórios porque a possibilidade de uma coinfecção de coronavírus com outros vírus respiratórios é mínima, abaixo de 2%. “Provavelmente, se na primeira análise der outro vírus respiratório, dificilmente ele vai ter coronavírus”, informou.

Ela informou ainda que a coleta do coronavírus vai funcionar no mesmo esquema dos vírus respiratórios. ” A gente espera uma demanda maior, estamos nos preparando, adquirindo mais insumos, para não faltar no estoque dos municípios” – Patrícia Sato, gerente de Biologia Médica.

Os profissionais do Lacen-Pa também já capacitaram aos hospitais da rede privada sobre como realizar a coleta e manuseio de amostras para análise de vírus respiratórios . Essas unidades de saúde devem seguir o mesmo fluxo da rede pública, coletando as amostras e encaminhando para o Laboratório Central, que fará os demais procedimentos.

Caso Suspeito
De acordo com o Ministério da Saúde, é considerado caso suspeito de infecção humana pelo 2019-nCoV o indivíduo que:

1 – Apresentar febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e histórico de viagem para área com transmissão local, de acordo com a OMS, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;

2 – Apresentar febre e pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e histórico de contato próximo de caso suspeito para o coronavírus (2019-nCoV), nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas;

3 – Apresentar febre ou pelo menos um sinal ou sintoma respiratório (tosse, dificuldade para respirar, batimento das asas nasais entre outros) e contato próximo de caso confirmado de coronavírus (2019-nCoV) em laboratório, nos últimos 14 dias anteriores ao aparecimento dos sinais ou sintomas.

Serviço:

os profissionais de saúde que precisarem de mais informações podem entrar em contato com o Lacen-PA pelo e-mail gtrelab@hotmail.com ou pelo telefone (91) 3202-4912.

(Com informações da Agência Pará)
Foto: José Pantoja / SESPA

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