Igreja católica afasta padre acusado de desviar mais de 120 milhões

A arquidiocese de Goiânia suspendeu temporariamente o direito do padre Robson de Oliveira de realizar celebrações. A arquidiocese decidiu no domingo que o padre, investigado pelo Ministério Público de Goiás por supostos desvios de doações de fiéis em valores que podem superar R$ 120 milhões, está proibido de qualquer ato de ministério sacerdotal, como a absolvição de pecados e pregação, assim como “participar, realizar e protagonizar programas de televisão, rádio ou internet”. Segundo o decreto, ele está afastado de suas funções religiosas até janeiro de 2022.

A nota sobre a revogação foi assinada pelo Arcebispo de Goiânia, dom Washington Cruz, e pelo chanceler dom Levi Bonatto, e tem como justificativa “a necessidade de prevenir escândalos, garantir o curso da justiça e tutelar a fé, bem como investigar as acusações realizadas contra o padre Robson de Oliveira”.

O padre já havia se afastado da reitoria do Santuário Basílica do Divino Pai Eterno, de Trindade (GO), e da presidência da Associação Filhos do Pai Eterno (Afipe), entidade que recebe e administra os recursos recebidos em doação. De acordo com o decreto, padre André Ricardo assumiu o cargo de padre Robson na Basílica de Trindade.

Padre Robson é investigado pela Operação Vendilhões, deflagrada na última sexta-feira, por suposta apropriação indébita, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos e sonegação fiscal.

Acatando o pedido do MP, a juíza Placidina Pires, da Vara de Feitos Relativos a Organizações Criminosas e Lavagem de Capitais, determinou busca e apreensão em 16 endereços ligados ao padre, incluindo a TV Pai Eterno. Ela não atendeu ao pedido de prisão do religioso.

(Com informações da Agência Estado)

Foto: Divulgação/CNBB

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