Assalto em Cametá: o que se sabe e o que falta esclarecer

Uma quadrilha com pelo menos 10 criminosos assaltou uma agência do Banco do Brasil no Centro de Cametá. Os bandidos usaram moradores da cidade como escudo humano e atacaram o 32º Batalhão da Polícia Militar do Pará. A ação começou por volta das 23h30 da noite da última terça feira e durou cerca de 1 hora e meia.

Como os criminosos agiram?

Assim como ocorreu em Criciúma, a quadrilha atacou um quartel da Polícia Militar (PM), impedindo a saída dos policiais, usaram reféns como escudos para se locomover pelas ruas da cidade. As pessoas foram capturadas em bares, em um horário em que assistiam jogo de futebol.
Os criminosos atiraram para cima durante mais de uma hora. O grupo usou armas de alto calibre e explosivos. Vídeos registram que em aproximadamente 2 minutos foram ouvido 45 tiros.

A agência do BB atacada, que fica no prédio da Câmara dos Vereadores de Cametá, ficou destruída.
Esse crime é conhecido como “novo cangaço” ou “vapor”, que se caracteriza por ações rápidas, violentas, com muitos disparos de armas de fogo, tomada de reféns e uso de explosivos. Normalmente, são planejados em cidades de médio e pequeno porte, que tem um efetivo menor de policiais. Nas ações, os criminosos cercam os batalhões de polícia.

A polícia encontrou, até o momento, uma caminhonete com explosivos foi apreendida no km 15 da estrada que liga Cametá a Tucurí. Os criminosos também deixaram dinamites no km-40 da BR-422 durante a fuga, ainda em Cametá.
Mais adiante, no km-80 da mesma rodovia, mas já no município de Baião, um carro suspeito de ter sido usado na fuga foi encontrado dentro do rio Itaperuçu. A Polícia acredita que os suspeitos seguiram pela mata a partir daí.

O que disse o Banco do Brasil?

Em nota, o Banco do Brasil informou que não abrirá nesta quarta-feira e que não há registro de funcionários ou colaboradores do BB feridos na ação. O banco ainda ressaltou que colabora com as investigações e aguarda a conclusão dos trabalhos de varredura da perícia e liberação do acesso ao local, quando será possível realizar a avaliação dos danos à estrutura e a limpeza da agência.

O Banco do Brasil não informa valores subtraídos durante as investidas criminosas às suas agências.

Como as forças de segurança se organizam para responder ao assalto?

Segundo o governador, a equipe do sistema de segurança do estado, com os batalhões especiais da Polícia Militar, o Núcleo de Inteligência da Polícia Civil e mais dois helicópteros estão na região para contribuir com as buscas e investigação.
Uma equipe do Centro de Perícias Científicas vai periciar os veículos encontrados para buscar identificar digitais. As imagens do câmeras de segurança de circuitos de monitoramento próximo também já foram solicitadas.

Foto: Ascom Agência Pará

Informações: G1 Pará.

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